Começou nesta quarta-feira, dia 03/07/2013, a 11ª Flip (Feira Literária Internacional de Paraty).Esta feira inseriu o Brasil no circuito dos festivais internacionais de literatura, que ficou conhecida como um dos principais festivais literários do mundo, caracterizada não só pela qualidade dos autores convidados, mas também pelo entusiasmo do público e pela hospitalidade da cidade.Na feira acontecem debates, shows, exposições, oficinas, exibições de filmes e apresentações de escolas.
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A cada ano a FLIP homenageia um autor das letras brasileiras. O poeta e compositor Vinicius de Moraes (1917-1980) em 2003. O escritor João Guimarães Rosa (1908-1967) foi o homenageado no ano seguinte. Em 2005, foi a vez da romancista Clarice Lispector (1920-1977). Em 2006, a FLIP presta homenagem ao escritor baiano Jorge Amado (1912-2001). Este ano o homenageado é Graciliano Ramos.
Se estivesse vivo, o alagoano Graciliano Ramos completaria 120 anos no dia 27 de Outubro de 2012. Ele foi um grande romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX. Sua obra se mistura a uma intensa presença política e forte conteúdo social, marcantes em várias de suas obras. Ficou conhecido por seu livro Vidas Secas (1938), onde retrata com muita indignação, a difícil sobrevivência dos retirantes nordestinos castigados e humilhados pela seca que assolava a região na época.
Outra grande obra de Graciliano Ramos é Memórias do Cárcere, que relata a sua amarga experiência no período de reclusão durante o governo de Getúlio Vargas, em 1935, quando foi acusado de subversão.
Um livro infantil de Graciliano Ramos “A terra dos meninos pelados”, ganhou o prêmio de literatura infantil dado pelo governo, ficou bastante conhecida por ter sido adaptada para diversas peças de teatro, musicais e, até mesmo, para uma microssérie infantil exibida pela Rede Globo, em dezembro de 2003.
O livro conta a história de Raimundo, um menino que, além de ser careca, tinha um olho preto e o outro azul, o que era motivo de gozação entre as outras crianças. Sem poder falar com ninguém, Raimundo aprende a conversar sozinho e, para fugir de sua realidade solitária, cria um universo imaginário chamado "Tatipurun", onde os animais e plantas falam e todas as crianças são carecas e têm olhos como os dele.
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