sexta-feira, 1 de julho de 2011

Métodos de Alfabetização

      

      Muito se fala em métodos de alfabetização e em como eles acabaram sendo esquecidos com a chegada da teoria construtivista, mas quando iniciei meus caminhos pela alfabetização conheci e utilizei vários métodos diferentes até decidir e me engajar na luta pela defesa do método fônico. E quais eram estes métodos?

1- Método Global de Contos - Sua principal característica é o trabalho com unidades significativas da língua desde o início do processo. Os textos utilizados deveriam partir de um tema estimulador , uma outra característica interessante a respeito do Método Global de Contos é que o seu desenvolvimento em classes de alfabetização previa o trabalho com cinco fases metodologicamente bem definidas, a saber: fase do conto ou historieta, fase da sentenciação, fase da porção de sentido, fase da palavração e fase da silabação. Exemplos de livros utilizados neste método:


2- Método alfabético  Este consistia em apresentar partes mínimas da escrita, cuja unidade eram as letras do alfabeto, que, ao se juntarem umas às outras, formavam as sílabas ou partes que dariam origem às palavras. No entanto, os aprendizes deveriam decorar o alfabeto, letra por letra, para achar as partes que formariam a sílaba ou outro segmento da palavra, para somente depois entender que isso poderia se transformar numa palavra. Criou-se depois, o procedimento de soletração, que gerou exaustivos exercícios de "cantilenas" (cantorias com os nomes das letras e suas combinações) e também o treino com possíveis combinações de letras em silabários. Ainda assim, estas atividades eram muito sem sentido, porque demorava-se a chegar a um significado. Imagine uma pessoa decorando e cantando combinações (be-a-ba, be-e-be etc.) e soletrando para tentar decifrar a palavra bola: "be-o-bo, ele-a-la: bola".

        O método alfabético trazia uma vantagem: no próprio nome de cada letra do alfabeto (com algumas exceções) está contido o seu som. Entretanto, no momento de leitura das palavras, na junção das partes feita mediante a pronúncia do nome da letra, ocorria um percurso tortuoso. Era preciso pronunciar primeiro o nome da letra, mas também tentar abstrair os outros sons existentes em seu nome. Isto era necessário porque, ao se pronunciar o nome da letra, entravam sons que não pertenciam à sílaba ou à palavra. Tente imaginar a abstração necessária ao aprendiz, para retirar o excesso de sons na palavra que se soletra assim: "bê a/ba, ene a/na, ene a/na: banana". Talvez por isso tenham sido criados outros alfabetos, como o alfabeto popular de regiões do nordeste: a, bê, cê, dê, ê, fê (...) lê, mê, nê etc, que ajudam a eliminar algumas sobras de sons, na hora da junção de letras. Assim, se poderia soletrar, com menos sacrifício: "bê-a-ba, nê-a-na, nê-a-na: banana".http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema.




3- Métodos fonéticos ou fônicos seu princípio é o da necessidade de ensinar uma relação direta entre fonema e grafema, para que se relacione a palavra falada com a escrita. Dessa forma, a unidade mínima é o som. Cada letra (grafema) é aprendida como um fonema (som) que, junto a outro fonema, pode formar sílabas e palavras. Para o ensino dos sons, há uma seqüência que deve ser respeitada, indo dos sons mais fáceis para os mais complexos. Na organização do ensino, a ênfase na relação som/letra é o principal objetivo.Este método traz uma vantagem. Nos casos em que realmente há uma correspondência direta entre a fala e sua representação escrita, os aprendizes vão decifrar rapidamente, desde que entendam esta relação e decorem as correspondências. Casos de correspondência mais direta entre fonemas e letras, por exemplo, descritos por Lemle são: p/b, v/f, t/d. Estas letras, em qualquer posição, seja no início, meio ou fim de sílaba, sempre serão decodificadas/lidas da forma como se escreve e também sempre serão codificadas/escritas, da forma como se fala.http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema.
 






4- Método silábico ou silabação. No método silábico, a principal unidade a ser analisada pelos alunos é a sílaba. No entanto, em várias cartilhas o trabalho inicial centra-se nas vogais e seus encontros, como uma das condições de sistematização posterior das sílabas.Geralmente é escolhida uma ordem de apresentação feita segundo princípios calcados na idéia "do mais fácil para o mais difícil", ou seja, das sílabas "simples" para as "complexas". Utilizam-se palavras-chave apenas para apresentar as sílabas, que são destacadas de palavras e estudadas sistematicamente em famílias silábicas, que são recompostas para formar novas palavras. O método permite que se criem novas palavras apenas com as sílabas já apresentadas e, gradativamente, formam-se pequenas frases e textos, também forjados para apresentar somente as combinações entre sílabas já estudadas. http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema.



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